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sexta-feira, 25 de maio de 2012

Espaço Homenagem Viva... [Vinícius Paulo Almeida...]


Homenagem Viva





Liquidação de Almas
Vinícius Paulo Almeida
[Vinícius Mahier]
Campo Belo - MG
Quem você pensa que engana
Com esta farda rasgada?
Do que adianta valores
Se nós não valemos nada?

Quem você pensa que é
Para tentar controlar tudo?
Não adianta microfones
Se você é outro mudo!

Olhe então para o seu rosto
Algum formato em tem?
Como quer ser o oposto
Se você faz o também?

Por que você só se arma
Depois que acabam as batalhas?
Se quer mesmo ser um mártir,
Estão à venda as medalhas!

Pois não existe contramão
Em estrada de mão dupla
Quem só anda em linha reta
Faz da vida uma curva!

Você acredita nas pessoas?
No amor que elas gritam?
Você prefere as coisas boas
Ou as más que te excitam?

Por que ainda viras as páginas
Do seu livreto em branco?
Não se corre contra os fatos
Quando já se nasce manco!

Na estante há tantos livros
Que só vemos em vocábulos
Pra que lutar por paraísos
Se nosso Éden é um estábulo?

Sinta o mal que se aproxima
Beije a sola dos sapatos
De quem tratamos com estima
E nos esmaga como ratos!

Talvez nós sejamos mesmo,
Presos nesta ratoeira
Onde agonizamos todos
Usando lentes à cegueira...

Deus existe, é o dinheiro
Do qual ninguém vive sem
Nós pensamos que o temos
Mas é ele que nos tem...

Seu mercado foi aberto
E nos fechou em ilusão
Na liquidação das almas
Em liquidação!

Do que adianta outro enredo
Se os papéis forem iguais?
Para que acordar cedo
Se já é tarde demais?




Sozinho
Vinícius Paulo Almeida
[Vinícius Mahier]
Campo Belo - MG
Sozinho neste apático quarto
Saudoso, lembro-me de ti
Que nesta noite, e em todas as outras,
Apenas queria junto a mim...

Você se foi e, agora, também parto
Ao seu encontro, delirante...
Beijo, converso com o seu retrato
Que me beija, me abraça, distante...

As lágrimas, doces, escorrem no rosto
Deste poeta, aquele que mais te ama...
Descem tímidas, pingam no peito triste,
Sob a noite estrelada, em drama...

E a dor se achega, me desespera
Passa o tempo devagar, eternidade
Para quem, ansioso, tanto espera
A razão da sua felicidade...

Nesta alma, confusa, a angústia aumenta
Como uma dor infinda ainda cresce?
E a saudade, terna, que me atormenta
Quer a sua encontrar como nas preces...

E o coração, que estava aflito, se serena
Porque sente que o sereno terá fim
E adormecendo, ainda sonha com a cena
Do dia em que você voltará pra mim...


De que cor é o amor?
Vinícius Paulo Almeida
[Vinícius Mahier]
Campo Belo - MG
Vermelho como o pecado?
Verde como as nossas esperanças?
Dourado como o beijar das alianças?
Cinza como o céu carregado?

Ciano como os mares puros?
Amarelo como o ouro inexpugnável?
Fúcsia como o libido incontrolável?
Negros como os olhos obscuros?

Vinho como os de sangue prantos?
Laranja como as cálidas chamas?
Castanho como a vida sem dramas?
Azul que fulgura encantos?

Lilás como a essência de uma flor?
Púrpura como olhar da vaidade?
Branco como as auras sem idade?
Afinal, de que cor é o amor?

Amor não tem cor...
É o transparente da lealdade!


Querido Amigo
Vinícius Paulo Almeida
[Vinícius Mahier]
Campo Belo - MG
Agradeço seu punhal em minhas costas
O furor que transborda em sua face
Seu anseio cordial de me ver morto

Sou-lhe grato por seus votos de decesso
Por seu terno beijo em minha boca
Por ser leal a sua deslealdade

Não tem preço a sua nobre lisonja
Seus aplausos rancorosos a minha glória
Sua inveja esmerada e edificante

Ó, querido amigo,
O que seria de mim sem você?

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