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Lucia Ribeiro [Lucibei]
Portugal
Morria de mim
Para ressuscitar em ti.
Não no teu corpo
Mas a teu lado.
Acordava na tua vida
Para amar-te
Pelo resto dos meus dias.

Inexplicável amor
Lucia Ribeiro [Lucibei]
Portugal - Pt
Guardo imagens de um amor inexplicável:
Porque o amor não se explica,
O amor sente-se, multiplica-se em nós,
De tal forma intensamente,
Que sem culpa, o dividimos,
Mesmo de forma inocente.
Jilvan Silva
Camaçari - BA
Sem o que dizer
Quieto em paz interna
À procura do que contradizer
Vivo em um mundo de esperanças
Vivendo de observações
De uma busca, puramente, pacífica
Sem violações.
Jilvan Silva
Camaçari - BA
com a calma e a pureza
a motivar e ilustrar
a fúria e a beleza
combinação perfeita
Distantes emoções
no ócio do dia anterior
destrói corações
e limpa o interior
com balanço e tremor
Viagens memoráveis
e extrema nostalgia
memórias inegáveis,
assim, muita melancolia
Voltar, apagar ou consertar
o que muito se desfez
refazer e desdobrar
com muita sensatez
como não tentar outra vez?
Isis Inanna
Paraibuna - SP
Tanto tempo não ocorria.
Adormeci no calor do tempo.
Acordei na madrugada,
A janela estava aberta,
Senti pequeninos pingos,
Ainda estava dormindo.
Acordei entre a noite estrelada,
E as águas do céu que despejava;
Assustada não sabia qual espaço,
Lá ou cá... Estava descalça.
Você frente a mim,
Ora, sentada conversava contigo.
Acordei com minha voz,
Falando baixinho,
Lindo menino!
Esteve essa noite comigo,
Meus dedos fagaram seus cabelos,
Levemente te dei um beijo.
Morro, mas não digo
Que falo dormindo,
Entre o sonho e a realidade,
No meio dos dois,
Era eu e a saudade.
Sem marcas...
Ou letras tatuadas.
Isis Inanna
Paraibuna - SP
Queria nascer de novo,
Com céu e montanha,
Sabendo que o mundo
não é cor de rosa,
Não seria egoísta
Não me sentiria estranha.
As vezes penso...
Se meu mundo é verdadeiro,
Ou, se é uma mentira que existi um dia.
Revirando minha memória,
Não vejo as margens.
No futuro se alguém resolver contar...
Na história não haverá personagens.
Somente sombras do passado,
Riscos de alguns lados,
Não poderão ser identificados.
Por enquanto,
Há doçura e ternura,
Tento resgatar...
Quero a chama acesa,
Depois que apagar toda angústia,
Ver o lado da vida em sua beleza...
Se não for possível,
Já sei que meu mundo
Se fechará...
Meu íntimo... Meu exílio,
Sem brilho,
Pois, Esperei minha própria vinda...
Desencontros
Vera Lucia Pimentel [Vera Feliz]
Serra - ES
Falando de nossa saudade em poesia
Lábios por outros lábios sendo beijados
Em outros braços uma fingida alegria
E nesse tempo perdido por nós dois
Tendo amores que não nos dizem nada
Na falsa satisfação, a solidão do depois
Atormenta nossas almas apaixonadas
Difícil entender porque nos maltratamos
Se há muito sabemos que nos amamos
Porque nossa paixão é assim tão sofrida?
Em nossos desencontros há tanta dor
Que faz-me crer que esse nosso amor
Só poderia ser feliz em outra vida!
Vera Lucia Pimentel [Vera Feliz]
Serra - ES
Na ilusão de amar, deixei-o entrar
Eu, fascinada por seu apelo sedutor
No oceano d'um coração fui navegar.
Em ondas de paixão eu mergulhava
Desaguando em gozos de felicidade
Não vi o cais onde a tristeza me esperava
À sombra do adeus e da cruel saudade.
Meu coração saiu do mel, foi ao amargor
Deixando um rastro pálido de dor
No mar de desilusão em que naufraguei.
Curada a ferida, restou-me a cicatriz
A dizer-me pra não render-me como fiz
Nem mais amar loucamente como amei!
Amor maduro
Carlos Augusto Machado Rímolo [Poeta Cigano]
Macaé - RJ
Que deixa o coração e alma se envolver,
Conhece os sutis segredos, de um olhar,
Que toda essa entrega faz, para merecer,
O seu verdadeiro amor e, se apaixonar!
Sou aquele: Das juras de amor, ao luar,
Das serenatas na madrugada, na janela,
Das rosas vermelhas, no seu presentear,
Do romantismo do jantar, a luz de velas,
E, quando em seus braços, vive a sonhar!
Sou aquele: Ainda namorado, de portão,
Que doces beijos, sabe roubar da amada,
Que carrega em seu peito grande paixão,
E, que a faz mais desejada e apaixonada,
Quando lhe presenteia, com seu coração!
Minha estrada da vida
Carlos Augusto Machado Rímolo [Poeta Cigano]
Macaé - RJ
Pela estrada da vida, essa é minha andança,
E com a liberdade em peito e na mente,
N'alma e coração, não levando lembranças!
Mas, dentro de mim, carrego, minha poesia,
E, nessa minha peregrinação a vou levando,
Nesta estrada vivo, minhas dores e, alegrias,
Mas passo a passo, por ela eu vou passando!
E quando na noite, com meu corpo, cansado,
No chão e, sob estrelas, me deito agasalhado,
Pelos céus, com o seu doce manto sobre mim!
Com as chamas de uma fogueira, me aqueço,
E, sobre esse chão de terra, então, adormeço,
Sou Poeta e Cigano, a minha vida é assim!
O amor e o Tempo
Lucy Mara Mansanaris
Mogi das Cruzes - SP
Quando caprichosos, os ponteiros do relógio
Teimam em valsar lentas as horas
Percebo-me desejando toda a mágoa do céu
Para apagarem as brasas vivas de minha alma
É como um forte estremecer de um coração
Que já não cabe mais no peito
Por estar repleto tão somente de ti
É uma incansável busca
De tudo o que já se tem, no peito
Ah, quando se ama tanto assim
Não tem jeito
Você deseja ao outro, todos os sorrisos
Querendo intimamente ser a razão deles
E as horas, caprichosas
Reafirmam a cada momento
O quanto é grande o sentimento
E todas as ilusões, passam a ter mil razões
Calam na alma
E nesse silêncio, vem o vento
Balbuciar ao ouvido
Que acarinhou a desejada pele
Tão virgem de mim
Mas eu sorrio, disfarço o meu ciúme
Por saber que da tua existência, o perfume
Esta impregnado em mim
Então, por um momento
Repousa feliz a minha alma
No jardim dos sonhos mais lindos
E o vento novamente se movimenta
Segue o seu curso
O tempo... Incorruptível, não para
Acordando-me novamente com a valsa das horas.
Distância
Lucy Mara Mansanaris
Mogi das Cruzes - SP
Foram afastados os olhos dos amantes
Agora, duas naus, sem direção...
a lua também se ausentou
E a noite foi feita de tempestade
Bordando bravias ondas no mar
Que pela falta da lua
Soluçava de saudade...