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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Espaço Poesia 5 - [Diante do Espelho... Duelo de Vozes... Ausência... Amor Eterno... Devaneio... Semelhanças...]


Espaço Poesia


[ ... Aqui os[as] amigos[as] tem o seu espaço... ]

. . . . . . . . . . . . . . . . . .



Diante do Espelho...
Kátya Forti


Diante do espelho
Uma face triste

Diante do espelho
Uma lágrima sentida

Diante do espelho
A sensação de partida

Diante do espelho
O senso da realidade

Diante do espelho
Um momento de insanidade

Diante do espelho
Um coração que ama

Diante do espelho
Um desejo que inflama

Diante do espelho
Uma voz que me chama

Diante do espelho
Uma saudade sem fim

A presença de alguém
Que é a metade de mim.




Duelo de Vozes
Rodrigo Bruno Alves de Barros Bezerra


Ouço vozes recolhidas,
Vozes que instigam,
Mandantes.
Vozes de um vai-e-vem
Ondulante.
Ouço vozes do desassossego,
Canções dolentes.
Vozes acumuladas, de multidões
desesperadas
Sufocantes.
Vozes que arrebentam sossego,
Vibrantes.
Observo olhos que jorram vozes
Espasmos d'água.
Vozes de letras gritantes,
Descritas a ferro e fogo.
Vozes de granizos,
Errantes.
Vozes noturnas, vermelhas
Lacrimantes.
N'algum lugar do mundo
Chora vozes diminutas
Suplicantes.
Vozes com ausência de ecos,
Cansadas.
Vozes sem razão do viver
Vencidas.
Vozes da desesperança
Vazias.
Vozes, ícones da hostilidade,
Silenciadas.




Ausência
Sandra Galante


Em tua ausência, sofro, me agito,
A impaciência toma conta de mim,
A saudade se abriga em meu espírito,
Sinto um amargor, um sofrimento sem fim...

Estou tão acostumada contigo em meus dias,
Pois juntos, minha vida não tem dissabor,
Enxugas do meu rosto todas as lágrimas,
És portanto, o meu grande amor...




Amor Eterno
Dely Thadeu Damasceno


Para mim sempre serás a musa linda,
E sempre como és aos meus olhos,
Sou teu, inteiro de corpo e alma,
Teu sempre, enquanto tu me queiras...

Entreguei-te meu ser, minha vida,
Meu mais nobre e puro amor, meu querer...
Desejei-te desde o primeiro instante,
Vi que serias só minha nos teus olhos;

Pude vislumbrar tua profunda alma,
Como se outrora já tivéssemos vivido
Sim, vivido um grande e terno amor...
Coisa da alma transcendental, nada incidental;

Coisa de éter, de mundo paralelo, de vida...
Vida de outras eras, cheia de sonhos, sem quimeras,
Mas de amor intenso, de coração latente, sangue...
Sangue fervendo nas veias, como se fosse fluído;

Um fluído etéreo que dá forças e nutre...
Oh!... Amor de minha vida, como te quero,
Seja bendito o momento em que te vi e te senti,
Seja bendito o Grande Arquiteto do Universo;

Que me permite poder escrever estes versos,
Onde externo meus melhores pensamentos,
E dedico-te o melhor de meu viver, para te amar;

Para te dirigir estas palavras de simples carinho,
Viver sem ti, não há como, seria um longo tormento.
Hoje aqui te prometo, ser sempre seu, enquanto eu viver!




Devaneio
Therezinha Rocha Poles


Eu quero uma poesia deslumbrada
Repleta de magia e encantamento
Que seja fortemente iluminada
Cheia de brilho e que em todo momento
Revele o meu amor.
Que fale ao coração
Com todo o meu ardor,
Com jeito de ternura
E gosto de ventura
Como um sol de verão.

Que lembre os lábios meus no teu pescoço
Tentando por teu corpo em alvoroço
Te arrepiando inteira
Assim, duma maneira
Que te enterneça
Que te enlouqueça
Que te amoleça.

Quero a volúpia de um beijo molhado
Enquanto cai a chuva no telhado
Tamborilando uma canção de amor.
Quero fogo que arde e vai queimando
Quero brisa que passa refrescando em dias de calor.

Eu quero uma poesia inebriante
Que eu possa recitar com voz troante
E abafar a paixão
Que carrego em meu peito
Qual crepúsculo triste
Como um sonho desfeito
E essa mágoa que existe
Que não tem cura
Que me tortura
Que me amargura
O coração.




Semelhanças
João Rodella


O rio segue seu curso e quieto,
a topografia determinante aceita,
vê mudar as paisagens do trajeto,
e teme a força da natureza que o espreita.

Um dia sopram fortes os ventos,
e nuvens despejam aguaceiro atroz,
destruidor se transforma e tormentos
leva, qual impiedoso algoz.

O homem tem um destino e o segue,
tentando melhorá-lo o quanto puder,
busca ser bom e a perfeição persegue,
se dentro de si equilíbrio houver,

Se nuvens negras de ira e ódio,
porém, despejarem sobre ele torrencial efeito,
o mal em ondas fortes anula o bem,
e destruidor, como o rio, também sai do leito.

Rio e homem em algo são semelhantes,
se grossas ondas alterarem os destinos seus,
o rio só se acalma se em delta for desaguante,
e o homem, se caudaloso, desaguar em Deus.


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