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sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Espaço Homenagem Viva - [ Ana Marly de Oliveira Jacobino ]











Homenagem Viva












Poema da Infância
Ana Marly de Oliveira Jacobino


Correr de rolimã
Pelas ruas da cidade.
Tornar estátua no quintal,
Pra espantar passarinho,
Andar de perna de pau,
Nas horas de folguedos,
Brincar de passa anel,
Esconde, queimada, ratinho...
Pular amarelinha,
Jogando a casca no chão,
Criar novos brinquedos
Usar a imaginação.
Equilibrar os porquinhos,
De arroz, milho, feijão
Jogar os cinco bem altos.
Para cair no dorso da mão.
Olhar para as nuvens,
Como chumaços de algodão
Deitado na grama do jardim,
Para ver flutuando, encantado,
Carneiro, elefante, pavão...




















 



Verdugo
Ana Marly de Oliveira Jacobino


Risca os céus
verdugo do mal
esfumaçando-o
sabotando o azul
incinerando a esperança
do ventre acolhedor da terra!
Frágil a vida se desfaz
nas mãos do incendiário
algoz
esfumaçando-a
violentando a poesia
soprada pelo vento!






















Náufrago
Ana Marly de Oliveira Jacobino


E lá via a nau oca das mil futilidades
invenção maldita dos erros e vícios,
descompassados num remar mortal.

Mãe Terra volta seu rosto ao gênesis
fecunda explosão criativa, germinada,
nas idas e vindas existenciais do nada!

Vive n'alma angustia esfomeada, cruel
num naufrágio dos pedaços dos corpos
partidos numa fuga a escuridão abissal!

Parte do meu 'Eu' temendo a solitude,
imensurável nos seus vícios e virtudes
espalha a outra parte livre das maldades!






















Cantiga ao meu 'Mar'
Ana Marly de Oliveira Jacobino


E o mar me fascina...
mesmo, ao longe sinto sua força
cá dentro de mim...
Saliniza minhas lágrimas
revisitando minha vida
no ir e vir das suas ondas...
numa busca infindável
por tesouros!
Saliniza minha vida
tão repleta de amores e dores...
tão repleta de alegrias e tristezas...
neste mar contido no mais belo olhar
carregado pelo vento boroeste...
navega meu coração lusitano,
navega meu coração caipiracicabano!
Invade minhas praias, ó mar...
cobre meus pés de corais...
transeunte que és desta alma
repleta de alegria e maresia!
Leva-me por caminhos inexplorados
ainda pelo inconstante vento...
leva-me por suas marolas, ó mar...
versejar para as sereias!






















Sou quem não espero ser
Ana Marly de Oliveira Jacobino


Frágil diante do temporal
Uivante em suas dores amargas.
Resfolegar na falta da brisa
O pólen criado no intestino da tormenta
Sou quem sou...
Carrasco
Vítima
Frágil quando preciso ser forte
Forte quando preciso ser frágil
Sou quem não espero ser.






















Velejar sobre o vento...
Ana Marly de Oliveira Jacobino


coisa esquisita é a amizade
revela nuances da vida
dia alegre, noite triste
num encantar passageiro
se choro, você me consola
sua mão no meu coração
me ajuda a transpor o abismo
a plantar flores no céu
a soltar pipas na areia
a velejar sobre o vento
na escuridão que abate
todo meu 'ser' no meu viver
enrolo minha alma na sua
me alimento da seiva
desta sua amizade
descrita nesta poesia
feito homenagem!










 Homenagem Viva



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