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sábado, 5 de agosto de 2017

Boletim 254 - [ Amar solitário... Povo... Dádiva desrespeitada... ]


























Amar solitário...
Celso Gabriel de Toledo e Silva – CeGaToSí®
Poeta de Luz® - Arquiteto de Almas® - Poeta dos Sentimentos®
Concebida em: Piracicaba, 26/julho/2017



Na primeira vez que escrevi sobre nosso desejo de amar foi com giz,
Imaginava ser fugaz, pois que este poderia ser apagado com o tempo,
Talvez até com as lágrimas d’um findar prematuro, tudo era possível,
Era entre nós o início d’algo novo, desconhecido para cada um, medo;

Contudo as horas e os dias se passaram e disto se fez então meses,
Já não éramos estranhos como no começo, havia o ‘nascer’ do sentimento,
As emoções já nos fortaleciam e a vida conspirava pelo bem da nossa união,
Havia o prazer da presença, como a dor da ausência que conosco brincava;

Na segunda vez que escrevi sobre nosso desejo de amar foi com tinta azul,
A mesma cor do céu quando a beleza do mar e do infinito são as mesmas,
Nossos corpos já eram enfim cúmplices de sutis carícias e tórridas noites,
Minha pele se ‘alimentava’ da tua, não havia em nós nenhum tipo de segredo;

Sendo assim o tempo fez deste relacionar o feliz existir d’alguns anos,
Não ‘residia’ em mim mais a sensação da solidão ou da amarga tristeza,
Acreditava cegamente que o que vivíamos era reciproco, pura felicidade,
Da amiga Lua não fiz mais minha confidente, havia o calor da tua voz;

Na terceira vez que escrevi sobre nosso desejo de amar quis fazê-lo com gotas de sangue,
Pensei buscar um pacto, de certo dar a este relacionamento a magia que ‘pulsa’ n’alma,
Porém, o sensato destino tirou-me a venda da ilusão e me fez ver toda a cruel mentira,
Vi que nunca fomos portos seguros, apenas cais abandonados entregues ao esquecimento;

A verdade fez-se nua e crua, revelou toda a tua falsidade, o quanto não fostes quem era,
Entendi então que só eu era a parte que lhe amava realmente, você apenas um equivoco,
Entendi todos os risos, todas as aventuras, todos os beijos, muito mais as dores vividas,
Uma fantasia bem ensaiada e um teatro bem preparado e eu fui apenas mero objeto;

Revelou-me depois a razão que só me restou o adeus sem volta da última escolha,
Enquanto usei o giz, depois a tinta azul ignorei que ambos poderiam ser apagados,
E sendo assim por estar envolto neste feitiço que um dia chamei de sincero amor,
Acreditei que sempre se lembraria de mim, mesmo que isto fosse um sentir efêmero;

 Mas quando quis ofertar meu sangue para unir o meu ao teu caiu-lhe a máscara,
Naufraguei meu ser com tudo o que me fizestes, fez-se fria a minha nau corpórea,
Usei da rosa vermelha da paixão não suas pétalas, mas a indiferença de seus espinhos,
Sangrei sem piedade meu coração e ao ‘teu’ dei o pior que merecias a alforria d’este amor.

























Povo...
Celso Gabriel de Toledo e Silva – CeGaToSí®
Poeta de Luz® - Arquiteto de Almas® - Poeta dos Sentimentos®
Concebida em: Piracicaba, 22/maio/2017



Pensamos sempre que somos tão importantes e úteis,
A verdade nua e crua é outra, somos, pois tão esquecidos,
Servimos sim, mas enquanto saudáveis apenas para a lida,
Somos muito mais que meros números na labuta diária;

Não nos cabe só ganhar o mísero e mendigado pão do dia,
É preciso dar um basta no que nos fazem – o usurpar,
Vivemos no fio da faca que é cega, mas d’outro lado corta,
Frequentemente assaltados, saqueados e corrompidos;

Servimos sim para a função primordial, pagar e pagar,
Sermos roubados através do cobrar de altos impostos,
Valores que deveriam a nós dar o mínimo retorno palpável,
Nada se devolve e nos calamos na utopia ilusória das aparências;

Somos de certo, o bom gado confinado ao farto pasto e verde,
Na engorda lenta e vigiada a favor de interesses alheios,
Alguns, tristes ovelhas que escolheram se afeiçoar aos lobos,
Enfim, nada se é, senão um dócil povo que se faz feliz sendo enganado.
























'Poemagem - poesia que 'nasce' da imagem...'

Dádiva desrespeitada...
Celso Gabriel de Toledo e Silva – CeGaToSí®
Poeta de Luz® - Arquiteto de Almas® - Poeta dos Sentimentos®
Concebida em: Piracicaba, 28/julho/2017



O planeta quando necessário se faz conflito ou bonança,
Oferta 'este' imagens surpreendentes a quem observa,
Seja no tempo da paz, seja no tempo da tempestade,
'Carrega' consigo sempre uma magia e um temor;

Este 'ser' tão acolhedor, ciente de suas obrigações,
Suporta ao seu próprio carma, muito mais o d'outros,
É Dádiva plena do Criador que poucos respeitam,
De certo um paraíso que se faz sucumbir pelo descaso;

Faz-se 'senhor' de constante serenidade e harmonia,
Não que não observe a quem o prejudica na ganância,
Atua em total silêncio, de quando em quando desperta,
'Afasta' o joio do trigo que o impossibilita de 'florescer';

Espera enfim, apenas a compaixão destes que o habitam,
Por mais que o degradem ou lhe roubem suas riquezas,
Assim os perdoa, regenera acreditando, pois nos que virão,
Crendo que a Fé do ser ainda humano o alimentará n'alma.

















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