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sexta-feira, 8 de março de 2013

Espaço Divulgação 16 - [José Marins... Fernando Maioni... Simone Marchesini... Vanderci F. Alves... Albertina Laufer... Amelia Freire... ]










Espaço Divulgação

[ ... A poesia em ação... ]
[ ... Aqui você é bem recebido[a]... ]
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .







Afã
Amelia Freire
Natal - RN
Persigo com afã a sabedoria,
dos grandes,
dos santos,
dos simples,
a simplicidade,
dos sábios,
dos justos,
a essência como a alegria dos bons,
a alegria como devaneio dos loucos,
a loucura como sanidade e antídoto da tirania.







Ideais!...
Albertina Laufer
Curitiba - PR
Gosto de gente que sobrevive
Desenhando inícios e contemplando finais
Desconheço o endereço das metades
Para mim as aspas são tão banais
Não sobrevivo entre parêntesis
Vírgulas todos iguais
Na estrada percorro cada curva
Na divisão executo o mais
Mergulho naquilo que me apraz
Na intensa soma dos ideais
Nada pelo meio me satisfaz.






 

Melancolia
Vanderci F. Alves
Jundiaí - SP
Dessa melancolia que me toma
no meio da noite... No meio do dia...
Em plena agonia... É que fazes parte...
Tens a arte de fazer meu coração
doer feito flor que despetalada em
pleno sol ardente de meio dia.








Poemarte
Simone Marchesini
Curitiba - PR
Existe dança que é pura poesia,
Como palavras que dançam em estrofes,
Espetáculos que parecem pinturas,
E pincéis que bailam em texturas.

Existem sons que nos tocam a pele,
E esculturas que sussurram ao ouvido,
Fotos que recitam poemas,
E palavras que trazem tudo ao vivo.

É movimento, é amplitude, é energia,
São cores que criam magia,
O real participa ativo,
Na emoção derramada em sangria.









Paisagem marinha
Fernando Maioni
São Paulo - SP
O barco se confunde com o mar
Nesse marolar verde-algas
No sonho das gaivotas
Carrossel de peixes...




 






Silêncio
José Marins
Curitiba - PR

quem pode, se quer,
ser dono de seu silêncio?

quem pode, ou quer,
envolvido em silêncio
ser dono de si?

quem pode, ou vir a querer
o silêncio que nos quer inteiros?

quem pode, ou ser,
ouvir de si o silêncio
que lhe envolve o coração?

quem pode, ou ter,
um tempo para sorver
o silêncio que nada diz?

e dele nada tirar
e dele nada querer
e dele não fugir
e dele ouvir

apenas o coração batente

o meu
ou o do peito
onde meu ouvido pousa

que de silêncio
o próprio silêncio
não tem onde ficar

se não em nós

o nó dos dias
a mó das horas
passadas

sem o ruído das ruas
sem a fala das gentes
sem o trincar dos vidros

os silêncios cruéis
no martírio dos injustiçados
o grito que não foi dado

pedra engastada
no anel do silêncio
pedra preciosa de brilho vão

brilho luzindo o olhar
grito abismal da garganta

o silêncio das crianças
a mudez dos velhos

quem pode, talvez,
voltar ao silêncio
quando o silêncio
era tão só
um lugar de paz

um vazio cheio de luz?







Desejo
Fernando Maioni
São Paulo - SP
No momento, estou longe de teus beijos...
Por essa má sorte, galopo pelas curvas do vento,
E clamo ao deus da distância
Que elimine o sentido do tempo
Ou invente a ponte de sua língua até a minha
Fecho meus olhos imaginando esse intento
De cobri-la com meus sonhados beijos
E poder revelar o que não cabe em segredo
Ao seu lado estarei no paraíso
E longe de ti é só pesadelo.






 

 Asas e Raízes
José Marins
Curitiba - Pr
Asas e raízes,
como demorei compreendê-las.
Quando pensei que havia perdido as raízes,
outras me nasceram com nome
de mulher, de filho, de cidade.
E se asas carregaram minha solteirice,
hoje carregam minha disponibilidade.
Surpreendo-me em voo,
com os pés sujos de poeira.
Às vezes visualizo lá adiante no caminho
um bastão feito da madeira de minha árvore,
pousado nele o pássaro que me voou.







 Alívio!...
Albertina Laufer
Curitiba - Pr
Alívio é como a chama ciente
Não se sabe o instante
Em que o clarão acende
Cada brasa da noite
Ou de manhã bem cedo
Desenhando outro enredo

Alívio é desacampar os passos
Receber cada abraço
Das palavras em traços
Que saltam dos lábios
E ao beijar destemidas
Roçam a face da vida

Alívio é como a chuva da tarde
Que perpassa os ouvidos
Por uma sinfonia
Despenhando um sonido
Assentando-se ao colo
Das páginas de um livro

Alívio é a leveza da pena
Que rimando escorrega
Em desenho estendido
Transportando a alegria
Que se espraia e desenha
Mais um doce poema.







 Seco
Amelia Freire
Natal - RN
Senti saudades
na companhia do vinho
do aconchego
no meu colo
Seco
senti
os beijos ardentes
no peito sentes
no orgasmo pleno
senti vontade
na companhia da solidão
do aperto manso
do lado
alado
sem outro profano pranto
embriagado no ato de amar
contudo, estamos sós.






 

 Minha Casa
Simone Marchesini
Curitiba - PR
Repousa a casa irreflexiva sobre a terra enquanto
ela reclama do peso que Sustenta sem recompensa.
Acolhida, passa pelo tempo e se transforma,
e não ouve o solo que debaixo Dela conta sua história:
muda a cor, a forma; seus adornos incrementam.

Mas como eu, na estrutura ela permanece.
Em nome da terra que no fundo, acolhe seus alicerces,
mudada por dentro e por fora, na estrutura sempre permanece.
E sua porta ali fica, na mesma função,
oferecendo-me a chance de liberdade ou de repouso.

Acima de tudo a casa é meu corpo
que me permite devanear e retornar,
sem proferir nada.
Me aceita louca ou sã:
é o templo dos meus sonhos.







Meu sonho...
Vanderci F. Alves
Jundiaí - SP
A saudade é vento que sobrevém,
intensa, complexa, profunda,
me torna num repente e me traz teu cheiro
Tua voz vem com o vento
e me sussurra doces lembranças
E minha alma levita,
dança no ritmo dos sonhos...
Meu sonho... Você.






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