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sábado, 14 de janeiro de 2012

Espaço Divulgação 11 - [José Carlos Paiva Bruno... Mardilê Friedrich Fabre... Rafael Castellar das Neves... Valderez de Barros Rocha... Humberto Rodrigues Neto... Elizabeth Misciasci... Vírginia... Jorge Lenzi... Bruno Gaspari... Ana Stoppa... Ana Marly de Oliveira Jacobino...]





Espaço 
Divulgação

[ ... A poesia em ação... ]
[ ... Aqui você é bem recebido[a]... ]
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Navegar é preciso... Sabino!
José Carlos Paiva Bruno
Resende - RJ
[ http://josecarlosbrunopaiva.wordpress.com ]
Na espera é que vivemos, em razão nos mantemos...
A busca é uma trova etrusca... Indecifrável refinada brusca...
Alcançar é encontrar a espera... Lógica da esfera... Paz e guerra!
Roda da vida... Sempre ali! Por Halicarnasso atrevida!

Há poetas que fogem da tormenta... Outros; vida que lamenta...
Eu navego nela... Simbiótica franquia que revela...
Água no tombadilho... Vento sudoeste... Despe...
Girando a bombordo... Sonda quilha na onda... Acordo!

Todos a bordo... Para sem sazão sono... Sensação sussurro...
Iogue sibila a bolina, em aviso... Cumes de Roma: adivinha do perigo!
Embriague brigue menina... Jamais entrego... Intrigo...
Equipe em abrigo... Força de homens de bem... Além...

Muitos nem sabem que estão comigo... Salvar amigo!
Prossigo pela estrela de Davi... Logo ali... Fraco, sou forte...
Sorte nada mais é a honra... Busto verdadeiro propulsor...
Invencível motor... Cuja funda é alma do amor...

Na calmaria Noé refazendo a nau... Permanente defesa ao mau...
Destreza além do animal... Ânfora sintonia de canal...
Corrente além de gente... Âncora coerente equação astral...
Notação além de científica... Solução explícita da ignomínia em soluço!

Debruço cansado na amurada... Vista da brisa encantada...
Luzes que me põe em pé... Paladino em sol a pino...
Astrolábio sábio... Beijo mágico de terra à vista...
Evidente o horizonte me faz crente... Em corpo e mente!

Recusa
Mardilê Friedrich Fabre
São Leopoldo - RS
[ http://fremitosdaalma.blogspot.com ]
[ recantodasletras.com.br ]
Tua voz ecoa indiferente,
Lateja monótona na mente
Que reprime desejo incoerente.

As horas seguem inexoráveis,
Escravas de tempos implacáveis,
Donos de emoções inescrutáveis.

Recusa de mim mesma. Passagem.
Olho-te e não te vejo. Blindagem.
Desordens e conflitos. Voragem.

Desta lancinante punhalada
Em minha alma tão desorientada,
Por testemunha o vazio, o nada.

Perco a percepção. Surrealismo.
Ninguém te importa. Individualismo.
Magoada, afasto-me. Fatalismo.

À Próxima tempestade
Rafael Castellar das Neves
São Paulo - SP
[ http://descemaisuma.blogspot.com ]
Atentai-vos a mim, homens, o vosso nobre capitão!
Não vede que seguimos à carenagem?
Machados aos estais, machados ao mastro,
Livrai-nos do excesso, aprumemos a nave!

É de frente e não de lado que se enfrentam as ondas, jovem timoneiro,
Alinha a proa e reze tua prece,
É de madeira de lei a quilha,
Mas a fé a fortalece!

Às tábuas a firmar, homens!
Aguentai-vos firmes,
Fazei-vos valer, esta é a hora,
Buscai vós na batalha a honra!

Rezai vossas preces,
Não perdeis a coragem!
O choro é para mais tarde.
Força!

Escorai-vos onde puderes,
Segurai-vos como puderes,
E, assim, revezai-vos ao descanso.

Já se aproxima a bonança e é nela que se trabalha!
Nela não se descansa, mas se repara e se toma o fôlego;
Tão certo quanto ela é a próxima tempestade que já se precipita.

Andando devagar
Valderez de Barros Rocha
Maceió - AL
[ gritosdeminhaalma.blogspot.com ]
Já andei saltitante
Por estradas perfumadas de vida,
Onde a luz da juventude
Vestia de brilho e beleza,
Os meus sonhos de menina.

Já andei com ânsia de momentos lindos,
De braços dados com a felicidade,
Por estradas cobertas
De pétalas de rosas, cheirosas,
Que reverenciavam a passagem do amor.

Hoje ando devagar, medindo passos,
Cuidando para que meus sonhos
Não sejam levados pelo vento,
Para que folhas outonais não obstruam,
No meu anoitecer,
O resto da estrada que me falta percorrer.

Dores
Humberto Rodrigues Neto [ Humberto Poeta ]
São Paulo - SP
Buscamos sempre edênicos regalos
na eterna fuga ao mal que nos judia;
aos prantos preferimos a alegria,
como forma pueril de amenizá-los.

O mal e o sofrimento, todavia,
devemos com paciência assimilá-los,
aceitando o amargor de tais abalos
com dotes de prosaica simpatia.

Às voragens da dor, sem fatalismos,
imunes a ilações e a silogismos,
é preciso descer para entendê-las.

Nem ais blasfemos, nem medonhos trismos,
pois só o que desce mudo a tais abismos
encontrará o caminho das estrelas!

Quisera Eu
Elizabeth Misciasci
São Paulo - SP
[ recantodasletras.com.br ]
Quisera eu,
Ter a sabedoria dos mestres,
Para entender o sentido
do que se faz Intangível
por conveniência e presunção,
Sendo apenas privilégio de poucos...

Quisera eu,
Ter o poder de aniquilar a desigualdade,
O preconceito,
o desancar e o abandono,
Que acompanha os miseráveis
impiedosamente desajudados.

Quisera eu,
Ter a supremacia
para exterminar a luta armada!
Recomeçando do nada,
resgatando tantas perdas
Que a memória não perdoa...
Reescrevendo a história!

Quisera eu,
Ter a perseverança do Insigne,
Que se torna altivo,
quando em desagravo não se omite,
Conscientiza e aplicar!
Sendo o Mister
pra fazer e distribuir Justiça!
Enfim...

Quisera eu,
Ter o dom
da envolvente palavra que adoça e acalenta,
Sem a pugna desgastante
A desviar-me dos imorais conflitantes,
Extinguindo dores e desafetos.

Quisera eu,
Ter a perfeição da fala,
Fazendo me entender
e se estender com excelsa maestria.
E assim agir em cada linha,
Em cada frase, feito uma sublime magia
A resgatar o que se perde pela vida...
Transformando letras e versos,
Na mais pura poesia.

A Primavera
Virginia [ Voz da Alma ]
Ilhas Virgens Britânicas
Lembro-me agora
Eram pequenos caminhos
Espinhos
Ao longo da estrada
Vem a lua
o sol
Talvez...
A primavera
Outra vez

Eu Noite
Jorge Lenzi
Juiz de Fora - MG
Não me peça palavras doces,
nem cores alegres.
Só tenho cinza e sal.

Não me peça carinhos e amor,
nem momentos felizes.
Só tenho amargura e dor.

Não me peça ilusão,
nem caminhos a seguir.
Só tenho a indefinida realidade.

Não me peça a solidariedade,
nem o perdão.
Só tenho mágoa e rancor.

Não me peça o calor,
nem a claridade.
Só tenho o frio da escuridão.

Não me peça a liberdade,
nem o prazer.
Só tenho a desolação do cárcere.

Não me peça o sol,
nem o dia.
Só tenho a solidão da noite.
E a noite em mim.

Bilhete
Bruno Gaspari
Rio de Janeiro - RJ
[ recantodasletras.com.br ]
Lembranças são cacos de vidro
da taça de vinho que, ontem,
estraçalhei no chão.

São pedaços do meu coração aflito
correndo perigo, sem freios,
na contramão.

Lembranças são sonhos esquecidos,
desejos adormecidos num bilhete
registro de poesia em vão.

Descoberta da Felicidade
Ana Stoppa
Santo André - SP
[ recantodasletras.com.br ]
Minha alma descobriu feliz a força da esperança,
Quando fez intensa viagem no mundo das crianças.
Se viu menina entre os laços, abraços e folguedos,
Desabrochou para a alegria, esqueceu-se dos medos.

Fez a travessia dos oceanos em um balão colorido,
Aportou na felicidade, dispensou os tons sofridos.
Brincou nas brancas areias, nas brumas das ondas.
Inocente construiu um castelo, catou mil conchas.

Saboreou pipocas, sorvetes, guloseimas, confeitos,
Aromatizou e deu cor à vida, aos sonhos desfeitos.
Pulou cordas, soltou pipas, colheu o amor-perfeito.

Extasiada, dançou sem parar a mais linda ciranda,
Abraçou a felicidade de mãos dadas com a esperança,
Redescobriu nas lembranças a alegria de ser criança.

No tempo que me resta
Ana Marly de Oliveira Jacobino
Piracicaba - SP
[ recantodasletras.com.br ]
No tempo que me resta...
Quero sentir meu corpo
Livre desta enfermidade
Viver cada dia uma festa
Soltar amarras e grades
Conter de vez a saudade.

No tempo que me resta...
Quero mandar a cegueira
Viajar nos braços da luz.
Deixar de ser esta rameira
Que implora por migalhas
Enquanto, você me seduz!

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