"Aqui se 'vive' e se 'respira' poesia... Faça parte deste espaço, siga-nos..."

"Aqui se 'vive' e se 'respira' poesia... Faça parte deste espaço, siga-nos..."

Visualizações...

free counters

Visitas...

domingo, 16 de janeiro de 2011

Espaço Poesia 8 - [Silvia Segatto... Sandra Galante... Katya Forti... Cecilia Fidelli... Odila Gallo... Wilma Lúcia da Silva Moraes... Maria Iraci Leal... Mardilê Friedrich Fabre... Antonio Israel Bruno...]


Espaço Poesia


[ ... Aqui os[as] amigos[as] tem o seu espaço... ]


. . . . . . . . . . . . . . . . . .




Baú
Silvia Segatto - Americana - SP


Vasculho o porão da memória
e quedo de encanto:
descubro aquele lenço
amarelecido
vestígio do tempo
e para meu espanto
sinto-o umedecido
ainda...
Aquela lágrima
de emoção
alegria
e saudade.





Ama-me com ternura...
Sandra Galante - Piracicaba - SP


Dá-me a tua mão para caminharmos,
Andaremos juntos com amor terno e eterno,
Ama-me por inteiro em todos os momentos,
Nas estações mais lindas e também no inverno...

Ama-me com todos os meus defeitos,
Inquietações, inseguranças e devaneios,
Ama-me com cumplicidade pela vida afora,
Ama-me como me amastes outrora;

Ama-me, preciso do teu amor!
Ama-me como se não houvesse amanhã,
Ama-me com ternura de alma pura,
Ama-me sem pudor por todas as nossas manhãs...





O Encontro das Águas
Katya Forti - Americana - SP


De um quadro na parede,
Foi que surgiu a inspiração,
Nele não havia uma rede,
Mas um caminho para a redenção;

Era uma bela imagem,
De leveza sem igual,
Retratava uma paisagem,
Parecendo bem real;

Contemplava-se no horizonte,
Uma linda cachoeira,
Também existia uma ponte,
Travessia de uma vida inteira;

Quantas vezes perdidos estamos,
Em busca de uma resposta,
E com muita ansiedade aguardamos,
Alguém que nos abra uma porta;

Enfim a eterna busca,
Se esvai como água em nascente,
Quando a visão nos ofusca,
Ampliando a nossa mente;

O que soa como paradoxal,
Revela profunda verdade,
Tudo parece normal,
Extinguimos do peito a maldade;

Foi lá no encontro das águas,
Onde se via Jesus,
Que dissiparam todas as mágoas,
Então vislumbrou-se a luz.





Lapidando mágoas
Cecilia Fidelli - Itanhaém - SP


Às vezes o mundo desaba sobre nós.
Não falo de deslizamentos de terra.
Falo dos caminhos que percorremos
e de alguns, pra onde desejamos voltar
induzida pelo amor,
sentimento eterno,
que nos trás esses estados depressivos,
egocêntricos, como se fôssemos culpados
por amar.
Como se fosse a própria consciência
perguntando...
-Por que deixar passar?
Novas realidades,
parecem tão imperfeitas,
que inevitavelmente
nos carregam de tristezas.
A vida é tão passageira,
não extingue sentimentos
e ainda destaca sofrimentos.
Espero a realização de um sonho,
mas não por anjos sem credos.
Quero crer que Deus está no comando,
e que simplesmente, vai facilitar.





Quero...
Odila Gallo - São Carlos - SP

Quero tua presença...
Teu corpo e tua alma,
Anseio intimamente por ti;

Quero tua presença...
Tua voz e tua sensualidade,
Penso constantemente em ti;

Quero tua presença...
Teus beijos e teus afagos,
Almejo plenamente por ti;

Quero tua presença...
Teu erotismo e tua doçura,
Presenteio meu gozo em ti.





Enquanto a lua faseia...
Wilma Lúcia da Silva Moraes - Americana - SP


Quando a Lua aparece, encanta e espanta
com o esplendor de seu brilho e tamanho
sozinha no céu, faz um ateu acreditar,
que o Criador inspirado estava, quando tudo criou,
pincelando com a cor do amor e da serenidade, a natureza.
A vida explode e sacode o mundo num segundo.
Tudo sobe, borbulha e espalha fagulhas que se transformam
em estrelas tão belas que enfeitam janelas
abertas para a brisa da noite.

Quando a Lua esmaece não se esquece o sentimento
e fraqueza diante da beleza que enternece as mentes,
e mesmo assim, quando ainda se consente
o sofrimento, é hora de adormecer!
Só no apartamento, entre paredes nuas, e flores e verdes,
sobre tapetes de sonhos em sótãos guardados,
a mochila esquecida num canto qualquer, lembra
no espelho, calada face de mulher, sempre à espera!

Quando a Lua se entorta e se esgueira através da porta
com olhar ansioso e jeito ocioso de quem nada quer,
mas espera serena pelo amor, a mente desperta
se vem a dor de sua ausência, e pede clemência, piedade,
para que a saudade não mate a solidão de um coração
minguado, cansado, tão propenso aos sofrimentos,
susceptível aos lamentos sem pensar em desistências
apesar das carências que transbordam.

Quando a Lua se endireita, parece que à espreita
há sempre alguém solitário, que também tem seu calvário
mas não cansou de lutar.
De um rádio qualquer, um acalanto se espalha com o vento,
a quebrar o silêncio que sufoca e a transpor pensamentos.
A paixão que predomina anima o espírito e convence
que o medo não vence toda batalha.
Se a navalha corta a carne e não falha,
atrapalha o caminho onde me alinho à verdade que buscava.

Quando a Lua se esconde, o olhar se expande
além do lugar onde se esvaiu sua imagem,
na paisagem triste borrada por lágrimas vertentes,
gementes, ardentes, carentes, do pranto copioso, sem fim,
brotando em mim, do âmago para o externo.
Em rabiscos num caderno teço em versos
uma história de memória.
Não há glória no recordar.
Mas recortar em pedaços cada dia e juntá-los novamente,
desfazer os laços que algemam cada passo,
é poder acordar renascido, é viver como a Lua, remido,
é poder reviver e sonhar!





Eu me amo
Maria Iraci Leal - Poá - RS


Eu me amo em tudo que fui e sou
Na beleza que já não tenho
Que o tempo levou...
Eu me amo
Nos primeiros cabelos brancos
No despertar da consciência
que tira das reminiscências
o melhor... E dá vida ao que restou...
Eu me amo
No caminhar para a velhice
O desfrutar dos momentos
O esquecimento do passado
A euforia de mais um dia
Sem medo da morte
sem temer o que é triste...
Eu me amo por tudo isto e... Após isto
Ter aprendido
que a vida passa depressa
Entendido
que o amor existe
e em nós primeiro começa...
Eu me amo!
Assim saberei te amar!





Feliz Rotina
Mardilê Friedrich Fabre - São Leopoldo - RS


Todas as noites, contas-me segredos,
seguras-me pelas pontas dos dedos,
conduzes-me pelo mundo dos sonhos,
afastando os momentos enfadonhos.

Todas as noites, teu olhar me afaga,
teu sereno sorriso me embriaga,
tua diáfana voz me acalenta,
e a tua boca a minha experimenta.

Todas as noites, cobres-me de amor,
o jardim exala suave odor,
e nós dois escrevemos um poema
de desejo e de fantasia extrema.

Todas as noites, sorvo tua essência,
pois tu alimentas minha carência
com a presença sem questionamentos,
impregnando-me de teus sentimentos.





Traído pelo amor
Antonio Israel Bruno - Barrinhas - SP


Tenha-me amada minha ao teu querer,
Pois a amo e na paixão cego te tenho,
Veneraste deusa, na compaixão sofrer
Sofridas amarguras, me é passado o lenho!

Me enclausuro debatendo minha alma,
E te querer sempre me foi o ideal sonho
Afasta-me da sociedade triste o trauma
Me aprisiona o sentido ferindo medonho!

Te deparo ao amigo meu prostrada
Declara na fartura do teu ser a ele domada,
No falso suprir das necessidades suas
Encontro a sarjeta da vida minha: rua.

Hás de sofrer, chorar tal qual sofri;
Das dores sentirás como as senti;
Porém amargura me é mais ainda;
Com o punhal nas costas cravado, traído!




Nenhum comentário:

Postagens populares